Open Banking: A Revolução Tecnológica dos Dados Financeiros

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Muito tem se falado na evolução das tecnologias na área das finanças e nas mudanças de padrões provocadas por ela, pertinente não apenas à pessoas físicas, mas também às empresas, na sua relação com o dinheiro. Nessa afluência, o Open Banking tem grande expressão, e favorece a disposição de informações relevantes para o usuário, permitindo melhor gerenciamento do seu patrimônio.

 

Afinal, o que é Open Banking?

O conceito principal de Open Banking refere-se aos bancos grandes e tradicionais que abrem os dados que detêm, para a integração com outros serviços de interesse do cliente, permitindo, assim, a criação de novos produtos. Partindo do princípio de que as informações pertencem ao cliente, e não ao banco, esse compartilhamento de dados é realizado com rigorosos padrões técnicos, através de APIs (Application Programming Interface, ou, Interface de Programação de Aplicações, em português) e é disponibilizado apenas com a permissão expressa do cliente.

Outro objetivo do Open Banking é aumentar a escolha, o controle e a proteção sobre como os consumidores gerenciam as finanças e ajudam a promover o desenvolvimento contínuo e a inovação das transações financeiras digitais.

 

Em 2018 o Open Banking foi regulamentado no Reino Unido.

 

Benefícios do Open Banking

1. Controle financeiro: Ampliação da visibilidade e o controle das finanças para a tomada de decisões eficientes e significativas.

2. Segurança: A segurança e privacidade são incorporadas diretamente nas APIs projetadas e implementadas. O Open Banking também oferece uma oportunidade para os bancos reavaliarem seu modelo de negócios.

3. Aumento da concorrência: Com a geração de uma maior concorrência entre provedores estabelecidos e novos operadores inovadores, os produtos existentes tornam-se mais flexíveis, personalizados e convenientes para os clientes.

4. Inovação:
A arquitetura tecnológica utilizada em escala para gerar insights de dados de clientes viabiliza o avanço das iniciativas digitais em relação ao ecossistema tradicional financeiro e a maneira de gerenciar o dinheiro.

 

A revolução tecnológica dos dados financeiros

Esta é a oportunidade para as organizações de serviços financeiros que querem se manter competitivas em termos de inovação e experiência do usuário. No entanto, muitos bancos ainda são incertos sobre como abordar os aspectos práticos que precisam ser considerados. Dado que este é um espaço novo para a maioria dos bancos, as empresas precisam abraçar mais o espírito empreendedor para explorar o verdadeiro valor da revolução Open Banking.

O Open Banking requer novas formas de pensar e novas formas de trabalhar, as equipes se tornarão híbridas, serão mais ágeis e terão uma mistura de habilidades e pessoas. Além disso, as organizações precisam se desenvolver para que sejam tecnicamente habilitadas para negócios.

A tecnologia é, naturalmente, um facilitador significativo na criação de uma estratégia de Open Banking,, com as empresas mais avançadas criando um novo canal de desenvolvimento através de seus próprios ecossistemas, uma vez que há um benefício de redução de custos em termos de criar ambientes de desenvolvimento mais ágeis, mais enxutos e econômicos ou, por exemplo, viabilizando a migração/implementação de soluções voltadas para nuvem e mobile.

 

Regulamentações do Open Banking

No Brasil, o Banco Central está dando os primeiros passos na direção do Open Banking. Abrindo portas para programas de FinTechs, o BC disponibilizou um edital de consulta pública para regulamentar a atividade dos dados que possuem, acessam e compartilham, e facilitar a realização de operações das startups do setor, como o empréstimo direto, por exemplo.

Em contrapartida, o Reino Unido deu um passo importante no início de 2018: o Open Banking foi regulamentado, e o novo conjunto de normas determina a não-exclusividade dos bancos na detenção dos dados dos clientes, que agora podem ser compartilhados de forma segura com provedores de terceiros. Isso é inusitado e traz oportunidades de inovação em serviços e aplicativos. Segundo o relatório do Centro de Pesquisa Econômica e Empresarial (CEBR), os planos de Open Banking podem aumentar a economia do Reino Unido em £ 1 bilhão, suavizando os empréstimos e criando 17 mil novos empregos.

 

Prêmio de risco financeiro

Ao melhorar a transparência dos dados da conta corrente com o Open Banking, mediante o consentimento do cliente, serviços externos também terão acesso aos dados. Uma vez que os bancos terão uma imagem melhor do risco de crédito, isso irá favorecer a redução do prêmio de risco atualmente cobrado nas taxas de juros vinculadas a produtos bancários, como empréstimos, financiamentos e hipoteca, devido a uma percepção mais precisa do risco de crédito subjacente de uma pessoa física ou jurídica.

 

Oportunidade para o segmento financeiro

Alguns bancos estão aproveitando a oportunidade para reinventar sua marca, expandir seu modelo de negócios e viabilizar novas ofertas, que podem competir com outros bancos e novos operadores tecnológicos que oferecem serviços financeiros.
Os novos padrões também aumentarão a concorrência e eliminará as barreiras de informação, uma vez que novas FinTechs acessam os dados necessários para fornecer novos serviços e mais especializados.

 

Oportunidade para o consumidor (PF e PJ)

O Open banking afeta significativamente o setor de serviços financeiros e a forma como os consumidores interagem com o sistema bancário existente. A concessão de acesso de terceiros a dados tem como objetivo ampliar e desenvolver produtos para o mercado e melhorar a experiência do cliente ao acessar produtos financeiros.

– E o que o Open Banking significa para as empresas?
– Uma gestão financeira mais fácil.

As mudanças abrem a capacidade de as empresas terceiras criarem aplicativos e serviços pensados no usuário. Por exemplo, se uma empresa tiver contas com vários bancos, poderá obter um aplicativo para vê-los todos em um só lugar. Os sites de comparação podem facilitar a comparação dos serviços financeiros em um só lugar e desenvolvedores podem criar aplicativos que possuem mais recursos que os já existentes, com alertas, bots ou Inteligência Artificial para controles financeiros automatizados.

Com o Open Banking trilhando o percurso da evolução tecnológica, veremos cada vez mais ferramentas inovadoras que beneficiem as empresas de várias maneiras. Estas incluem ferramentas que fornecem informações para ajudar as empresas a gerenciar melhor o seu dinheiro, que melhoram as comparações dos financiamentos e empréstimos oferecidos, e que usam a conveniência do Open Banking para remover tarefas dispendiosas e administrativas, permitindo que as equipes se concentrem mais no crescimento de seus negócios. Basta adicionar essas facilidades aos dados existentes, que as possibilidades começam a crescer exponencialmente.

 

Conclusão

Em resumo, a realidade do Open Banking é que, mais do que apenas um novo serviço que busca uma nova oportunidade, é a criação de valor de um modelo de negócio que, sendo habilitado pelas tecnologias emergentes, permite às empresas a operar de uma maneira mais eficiente, antes inimaginável.

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